quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Noite.

Começa tudo ali, naquele momento em que nós nos deitamos. Passo meu braço por baixo da sua nuca junto ao seu cabelo, que me cheira vida. Você meche os pés desesperadamente me pedindo pra eu envolver minhas pernas as suas, ao entrelaçá-las e segurar sua mão naquele cantinho ali do colchão, não havia mais nada no meu mundo! Meus olhos só sabiam velar seu sono e meus ouvidos só queriam escutar o seu respirar. Era o que me bastava. A segurança e a calmaria que você me passava enquanto nós envolvíamos nosso corpo como numa melodia sem fim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Infinitas.

Eu e minhas infinitas vontades. Quero tanto poder amanhecer deitada em teu quente corpo. Banhar-te a luz do luar e fazer com que você durma ao por do sol. Meu querer é quase um exagero, um querer sem fim, mais também chega a doer e engasgar a angustia e o medo que eu tenho de perder-te. Eu sinto o pulsar do meu coração por nós tão forte que chega a sair de dentro de mim e explodir por ai a fora.
Aquelas antigas e magníficas borboletas que invadiam meu estomago diariamente, já fazem parte de mim há muito tempo. Nem um bater de asas fortes por ai elas dão mais. Ficam aqui, comigo, contigo! No cantinho prazeroso delas, nosso.
Grudar teu corpo ao meu. Sentir seus lábios ao decorrer da noite fria. Eternizar o seu dedilhar de dedos no meu corpo como se fosse aquela ultima musica. Descer as escadas escuras do cinema de mãos dadas ao brilhar das luzes verdes. Isso e mais uma variedade gigantesca de coisas que eu quero pro resto da nossa vida. Em um pequeno colchão, uma conchinha com sua perna entrelaçando a minha. Meus beijos caindo em seu corpo feito milhares das nossas borboletas felizes em meu estomago.

domingo, 21 de novembro de 2010

...

Eu não quero ficar bem longe de você porque não existem cores, não existem vidas que valem a pena, não existe nada. Eu não sinto vontade de sorrir, de dar gargalhadas. Porque todas elas eram pra você, todas as flores, todas as manhãs. Tudo que eu fazia era pra ver você sorrindo, com aquele jeito tão bobo, tão bonito, tão cheio de vida perto de mim.
Eu preciso sentir seu aroma de vida, de vontade, de garra do meu lado. Eu preciso planejar e realizar, eu preciso ter isso. Existir pela metade não faz sentido. Tudo que é “picado” nunca me agradou muito. Se for pra ser assim, por que tem que ser? Assim não dá, assim não deve.
Volta... Não me faz ser assim tão estúpida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Permissão pra ir.

Quero casa, cobertor e filme. Quero cheiro de alho nas pontas dos dedos, quero macarrão alho e olho, milho, pimentão vermelho. Quero bagunça, risada, escorregões. Quero vida, novamente, continuando o que estava pausado. Quero sensações únicas, quero freio, nostalgia, falta, quando estiver longe. Mais quero acelerações fortes e variadas, quando estiver por perto ou em qualquer canto pro meu encanto. Quero medo, desejo, sabor, amor. Quero que se permita e me libere não só pra querer, mas para ter, fazer. Deixe-me nos permitir, seguir e ir.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Par.

Essa coisa de ser um só nunca me agradou muito. Ter que descer as escadas do cinema vendo as luzinhas verdes e com medo de cair porque não tem mão nenhuma pra firmar naquele escuro, sempre me broxou bastante. E quando chega alguma data comemorativa? Nem que seja o churrasco no dia de domingo na casa da tia, cadê você lá pra rir comigo dos meus parentes? E nos dias de formatura ou casamento, que as pessoas sempre vêem me perguntar se podem reservar dois convites além de um só pra mim?! Da vontade de falar: “Oi, querida, você ta vendo alguém do meu lado?”. Também tem aquela hora que minha mãe descasca uma laranja, cadê você pra pegar minha tampinha e sair correndo, porque sabe que é a parte que eu mais gosto? Pra dividir o fio do macarrão ou até mesmo pra tomar suco com dois canudinhos no copo?!
Cansei de ser um só, quero ser dois. Quero gastar dinheiro com presentes, quero cenas de ciúmes, quero ir pro lanchinho da esquina, só nós dois, conversar sobre o tempo ou sobre a alta do dólar. Quero dois ingressos pra entrar na formatura e poder falar assim: ''Aqui ó, somos dois, pode me dar os ingressos''. Quero que a tampa da minha laranja seja roubada. Quero tomar suco de laranja com acerola com dois canudinhos no copo. Quero dividir o ultimo Trident. Quero conchinhas no meio do colchão de casal. Quero que ensaboe minhas costas porque meus braços não alcançam. Quero ser algo que há muito tempo eu não sei o que é. Mas que quando era dois era contigo!

Quero ser par, seu par.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Existe tantas coisas.

São meus últimos minutos, meus últimos suspiros aqui. Você está longe demais, está numa distancia que eu não consigo nem enxergar. Mas o seu lugar não foi sempre aqui ao meu lado? Na minha sombra?
Aquela flor da esquina cheira você, mais só o seu cheiro não alimenta todo o meu eu.
O sol não existe mais, o dia passou a ser escuro e os pássaros não tem mais o seu canto, que me encatava nas manhãs bonitas.
Os meus braços suplicam por você. O meu coração precisa sentir o ritmo do nosso amor.
Eu não sinto mais aquela forte pulsação, todo aquele imenso colorido de borboletas delicadas que havia em mim ou então a gigantesca vontade de gritar ao mundo: "Eu sou a pessoa mais feliz e completa."
Há tanta dor, há tanta falta de sentir falta. Há pouco tempo. Há muita lagrima.
E não existem mais palavras!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Santo Dramin

Nunca temi ser só, nunca tive medo de nada, mais também nunca tinha sentido o que é ser só.
Foi ai que me deparei com a solidão na minha frente, sorrindo.
Ela foi gentil, quis fazer parte da minha vida, ser minha ''companheira''.
Mas será por que só ela quer fazer parte de mim? Sera por que só ela me admira tanto?
Tanta gente ai, querendo ser só, não ter com o que se preocupar, só com a sua solidão.
E lá vem ela, com toda a força entrando em mim, arromando meu orgulho, estragando meu eu.
Não perguntou nem se eu a aceitaria dentro de mim e já foi entrando. Como quem não quer nada, mais assumindo todos os meus instintos e anseios.
Ai a gente vira pro unico que a gente ainda tem esperança e pede pra Deus fica junto com a gente.
Mais nem ele, nem ninguém fica.

Eu sinto falta de sentir o mar nas minhas conxinhas tão bem feitas, sinto falta de dormir com o braço erguido e ele dormir porque nao ah sangue circulando, só no coração que não para de bombear de tanto amor e de tantas borboletas de cores variadas no seu estomago.

Mais é assim, nada que o Santo Dramin não faça.
E mais um dia, vamos dormir :*